Exposição “Linhas da Mão”
sysadm2024-11-18T16:29:42+00:00Exposição “Água Portimonense – 70 Anos de Abastecimento Público”
sysadm2024-11-18T16:29:46+00:00Exposição “Water Found on Mars” de Hugo Lami
sysadm2024-11-18T16:29:51+00:00Exposição “Metal Art” de João Jesus
sysadm2024-11-18T16:29:55+00:00Exposição “Com Fio” – Exposição de String Art
sysadm2024-11-18T16:30:25+00:00“Mecânica da Água e do Tempo” – Exposição fotografia
sysadm2024-11-18T16:30:33+00:00A ideia de fotografar a unidade industrial da Água de Monchique, surgiu quando Pedro Queiroga, autor do trabalho artístico apresentado, começou à procura de um tema comum, algo de grande dimensão que permitisse movimentar-se no interior, diversificado em termos de complexidade visual e também com algum tipo de movimento.
O título "Mecânica da Água e do Tempo" refere-se por um lado ao mecanismo de produção em si, no seu carácter mais industrial e sistemático, e por outro lado à complexidade a que o Tempo nos pode sujeitar.
Sem um uso controlado desse Tempo, teria sido impossível obter alguns dos efeitos fotográficos exibidos. Ele é o fator que dá enquadramento à mecânica da água e relativiza todos os processos inerentes.
Fotografar é a arte de saber ver, para poder mostrar. Uma fotografia não tem expressão ou significado, se não for vista e inerentemente interpretada. O fotógrafo não tem apenas a função de observar e captar. É impelido a mostrar a sua criação, quase como se de uma relação causa-efeito se tratasse. Nesse processo, ele "contagia" a imagem com a sua própria subjetividade. É algo indissociável na arte de fotografar.
Este trabalho não pretende ser uma reportagem documental da fábrica, mas antes uma proposta visual desconstrutivista da mesma. Aborda-a de uma perspetiva menos óbvia e mais criativa, menos imediatista e mais entrópica. Mostra o que seria impossível de ver a olho nu. Tudo o que outrora foi concebido para funcionar, hoje desempenha assumidamente o seu papel, ainda que inestética e discretamente em local (porventura) inacessível. Nada pode ser negligenciado num sistema de engenharia tão complexo como o de um Complexo Industrial. Não há pudor em mostrar um detalhe desprezível, ou um mecanismo fora do seu tempo. Tudo faz parte desta mecânica e tudo faz parte deste trabalho.